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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Feliz Aniversário, Mãe!

 
Falei em um outro post a respeito das Memórias que ficam após vivermos com uma Host Family.
 
Mas,...
 
Santana Row - Califórnia
E quanto as memórias da nossa própria família?!
Aquela que amamos e que as deixamos no aeroporto a chorar pela nossa partida?
Aquela que ficaremos de longe somente ouvindo, lendo ou vendo os acontecimentos....
Aquela que sempre esteve e sempre estará de braços abertos nos esperando...
San Jose - Califórnia
Aquela que daria a vida pela gente.
 
 
É difícil!
Machuca!
 
Dói demais!
É algo completamente inexplicável!
 
 
 
Dia 29 de Abril - Aniversário da Minha Rainha!
A pessoa que me espelho todos os dias - e me orgulho de dizer que Ela é a Minha Mãe!
Minha Mãezinha!
 
Los Angeles - Califórnia
Ano passado ela esteve aqui!
Falei pra vocês?
 
Ou melhor, ela foi até a Califórnia - onde eu morei por um ano.
Viajamos muito.
 
Fomos para Napa Valley, Lake Tahoe, San Francisco, Santa Cruz, Los Angeles, Hollywood, Beverly Hills, Las Vegas e Grand Canyon.
 
 
Beverly Hills - Califórnia
Foi um mês inteirinho dormindo agarradinha com ela, chorando no ombro dela, fazendo compras, rindo uma da outra, brincando de bola com os meninos que eu cuidava, cozinhando para minha Host Family, jantando fora com eles, viajando, tomando vários cafés na Starbucks e se despedindo novamente. :(
 
 
Madame Tussoau (Museu de Cera)
Hollywood - Califórnia
Minha mãe sabe somente três palavras em inglês - "Hi", "My name is..." e "Thank you". (ou melhor, sabia - agora ela está tendo aulas e inglês - comigo!!!)
Ela veio completamente sozinha (ela e Deus!) e se virou muito bem.
Passou na imigração, e chegou no aeroporto de San Jose, Califórnia parecendo milionária - hahahaha
Ela aprendeu uma técnica muito boa para se comunicar: mímicas e mostrando fotos.
 
Las Vegas - Nevada
E, nos preparamos da seguinte forma: escrevi três cartas diferentes - todas em inglês.
A primeira ela usaria se ficasse perdida no aeroporto do Texas - na carta coloquei o nome dela, disse que ela não falava inglês e que precisaria de ajuda.
A segunda ela usaria na imigração - como era a nossa primeira vez, não fazíamos ideia de como seria, então, escrevi também em inglês o nome dela e a explicação da viagem aos Estados Unidos. Coloquei o meu nome, o da minha Host Family e o endereço que ela ficaria durante o mês.
Las Vegas - Nevada
A terceira e última ela usaria no aeroporto já na Califórnia se ela não soubesse o local para pegar as bagagens - mais uma vez coloquei o nome dela, expliquei que ela não falava inglês e precisaria de ajuda até as bagagens.
 
Grand Canyon - Arizona
 
 
 
 
Ela não usou nenhuma das cartas!!!
Olha que orgulho da minha mãe!

Tive que chama-la umas duas vezes - porque nem eu acreditei que a minha mãezinha chegou.
 
Santa Cruz - Califórnia
Nosso abraço durou mais de cinco minutos.
Eu chorava como criança.
Como foi bom aquele abraço materno.
Aquele cheirinho de mãe!!
 
Fiquei de intérprete por período integral.
Mas em nenhum momento eu reclamei.
 
San Francisco - Califórnia
 
Eu estava era sem muito tempo para ela, infelizmente.
Como estava fechando meu primeiro ano, eu estava falando com umas quatro famílias - as quais ela super me ajudou na decisão, fazendo as minhas malas porque a nova Au Pair estava para chegar e ficaria no meu quarto assim que eu fosse embora (claro!) e estava para treinar a minha sucessora.
Algumas vezes minha mãe ficou no meu quarto - que bom que ela trouxe uns dois livros - porque ela não poderia assistir TV - e ficava no meu computador.
 
Lake Tahoe - Nevada
Ter minha mãe aqui nos Estados Unidos comigo foi um presentão - ela veio em Fevereiro, então passamos o meu aniversário juntas.
 
Mas.. e o aniversário dela?
Este é o segundo ano que estou longe dela.
 
 
 
Napa Valley - Califórnia
 
Tão longe que não posso dar um abraço bem apertado e dizer o quanto a amo e agradecer por tudinho que ela tem feito na minha vida.
 
Me sinto tão injusta e egoísta em tempos de aniversários. O do meu irmão foi a mesma coisa. :(
 
Claro que nos falamos por Skype praticamente todos os dias e por telefone, e e-mail, e Facebook e cartas (é.. trocamos cartas também!) Mas é diferente! Todos sabem disso!
 
 
Então.... quando eu digo para curtirem o MÁXIMO sua família enquanto ainda estão pertinho deles, curtam!
Infelizmente só damos valor aos nossos sentimentos quando perdemos ou quando estamos longe.
 
Um beijo grande e Feliz Aniversário à minha Mãezinha querida!
Te amo infinitamente!
Pudera eu ser um pouquinho do que você é!
 
 
 
Lake Tahoe - Nevada
 

San Jose - Califórnia
 

Las Vegas - Nevada


 
---> Já passou aniversário longe dos seus pais?
Como que foi?
Divida sua história comigo!!! <---

terça-feira, 23 de abril de 2013

Repassando a Coroa!

 

Este programa de intercâmbio mexe totalmente com nossas crenças, ideias, certezas e personalidade.
 
Até mesmo para as pessoas que não acreditam ou confiam nos outros - isso tudo vai mudando conforme o decorrer do processo.
 
Quando ficamos online, queremos encontrar a família que mais se encaixa com as nossas necessidades - aquela que podemos ter um mínimo de liberdade para fazermos o que bem entendermos, afinal, não somos mais crianças e fazemos todo o processo sozinhas - muitas vezes sem a ajuda de uma sequer pessoa.
 
Mas como encontrar a família "perfeita"?!
* Como confiar no que a família está nos dizendo?
** Como saber se tudo o que eles nos falam, irá, com certeza, acontecer assim que chegarmos na casa deles?
 
- E quando pedimos para falar com a atual Au Pair?
* Como saber se a família não pediu para que ela "venda" a família positivamente?
** Como saber se ela está falando a verdade, ou só está querendo se "livrar" da família?
 
São tantas outras milhões de perguntas que passam pela nossa cabeça...
 
Mas.. E quando o papel é invertido?
E quando somos nós que temos que "vender" a nossa família para uma nova menina ou menino?
Nós, que passamos um ano inteirinho - ou um ano e seis meses, ou um ano e nove meses, ou dois anos ou seja lá quanto tempo for, que temos um carinho especial pela criança - até mesmo aquela que te tirou do sério infinitas vezes em um só dia?
Nós que criamos uma rotina, mudamos hábitos alimentares e brincamos com as crianças para tornar a nossa vida e a deles melhor e mais organizada?
O lance fica muitíssimo mais difícil.
 
A diferença é que se pegarmos uma família que não era tudo o que esperávamos enquanto estávamos no Brasil - ainda é de se "aceitar" porque a expectativa que colocamos nela é maior do que o normal e, com o dia-a-dia podemos ir modelando e colocando o nosso jeitinho especial no que não concordamos - e fora a conversa cara-a-cara, que facilita muito nossas vidas.
Agora,... quando somos nós que estamos no papel de encontrar uma boa sucessora, fica ainda mais difícil.
 
Queremos encontrar alguém que seja tão ou mais competente que nós mesmas, e, que ame as crianças as quais somos apaixonadas - e que cuide delas como fossem delas mesmas.
 
Mas... E quando são elas que mentem?
* E quando são elas que nos prometem continuar um esquema que nos matamos a fazer e que facilitará a vida delas, e elas juram que continuarão - lógico que do jeito delas, mas que farão - e não fazem nem um terço do que foi pedido?
** E quando são elas que não nos confessam que querem somente vir para os Estados Unidos para viver uma vida de turista e ficar somente por um curto período de tempo e vão embora no meio do programa te deixando com a cara no chão, afinal, foi com a tua grande ajuda e seleção que a família escolheu esta menina à outras tantas que foram entrevistadas?
*** E quando são elas que abandonam as crianças que cuidavas e a família que te tratou tão bem?
 
 
Repassar a nossa coroa - seja ela brilhosa ou opaca, não é um trabalho fácil.
Eu me arrependi de ter ajudado a família a encontrar uma nova AuPair.
Hoje, se pudesse voltar atrás, eu me faria de tonta e ficaria na minha.
-> Ajudar nesta decisão é algo tão sério e importante, que não gostaria de me sentir culpada (como me sinto hoje) por ter ajudado - com a escolha errada!
 

 
 
 
E com você? 
 
Como foi?

Divida sua experiência aqui estando no Brasil ainda ou já nos Estados Unidos.
 
 
 
 
 
Beijão.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Memories


Semana passada me perguntaram se vale a pena fazer o programa Au Pair.
E perguntaram, também, se eu o faria novamente.

Minha resposta foi instantânea: SIM!
 
O programa Au Pair, como eu já falei em outros blogs, não é nada fácil.


 
Existe sim os momentos ruins, o momento em que queremos fazer as malas e correr do lugar onde estamos morando, saudade da família que nos angustia e nos faz sentir culpados por estarmos longe deles...
 
O cotidiano muda de casa para casa, de Host Family para Host Family, mas a essência é a mesma. No fim das contas, o que ficam são as boas memórias, afinal, somos humanos e conseguimos filtrar o que é ruim (as vezes) hahaha

Este programa de intercambio foi o maior investimento que já fiz em minha vida!
 
Ser Au Pair é participar da vida de criaturinhas que é quase certo irão esquecer da nossa existência.
E ver dando os primeiros passos e falando as primeiras palavrinhas.
 
No meu caso, participei do momento importantíssimo na vida da menina de quatro anos que cuido. Ela começou a ler e escrever. Eu fui eu quem a ensinou! :)
 
Ela até mesmo soletra palavras como as cores, números e alguns verbos. E isso é tão gratificante!! :)

Ela tem quatro anos e recorta direitinho nos pontilhados, e colore sem passar as linhas.

Claro que participei da vida de alunos, mas no caso eram 20 em uma sala de aula, e quase não conseguimos dar atenção individualizada, como é aqui com a Bella.
 
Participar da rotina da escola, como faço com a menina mais velha - de sete anos, e ver que ela está começando a ficar independente e não precisando mais de ajuda.
Dentinho da Tori - Pontinho branco

Ou, até mesmo, quando ela perdeu o primeiro dentinho.
Fiz até vídeo e tirei milhões de fotos desse momento.
Ela chorou demais!!! Quase chorei junto...
 
Mas presenciar esses momentos maravilhosos na vida das crianças que cuidamos, não tem preço.
 
Até mesmo os mais bobos..
Até mesmo quando as crianças que cuidamos riem da tua cara porque você caiu ou escorregou na escada.
Até mesmo quando elas vem correndo te socorrer quando você corta os dedo preparando o lanchinho da tarde ou bate com a cabeça da porta.
Até mesmo quando elas corrigem o teu inglês quando você está furiosa!!!
 
Estes momentos jamais deixaram de existir em nossa memória.
E são eles que fazem tudo valer a pena.
 
Por isso que eu digo, ter carro, não ter curfew, tudo isso é um mínimo para quando temos uma relação gostosa com nossas kids e principalmente com os hosts.
Porque vai me dizer: é ou não é gostoso viver em um ambiente o qual somos consideradas seres humanos e "quase" um membro da família?!
 
Um beijo grande e divida a sua experiência e o que você levará para sempre na memória.
 
 
Avise quando me seguir, que será um prazer te seguir também.
 
Até mais.